Chapter Capítulo 82
Capítulo 82
Olhava para ele com uma sensação inexprimível, ele era tão obediente assim?
Será que ele atenderia a qualquer coisa que eu dissesse?
“Não se mova, vou secar seu cabelo.” – Peguei o secador e comecei a secar, e ele realmente ficou quietinho sentado na banheira, parecendo muito obediente.
Eu estava desconfiada e decidi testar mais uma vez: “Hoje à noite você dorme no chão, eu durmo na cama.”
Robson olhou para trás, seus olhos eram inocentes e extremamente cativantes.
Pensei que ele fosse se opor, mas ele assentiu com a cabeça: “Tudo bem.”
“Você concorda com tudo o que eu digo?” – perguntei.
Robson assentiu.
“E se eu pedisse para você se matar, você também concordaria?” – perguntei curiosa.
Seu corpo travou por um momento, ele não olhou para trás, apenas assentiu.
“É mesmo… um louco.” – Murmurei baixinho e levantei–me para sair: “Vamos, saia e vá dormir, na cama, mas sem bagunça.”
Deitei–me na cama e demorou bastante até que ele saísse.
Ele se aproximou da cama, hesitou, mas ainda assim decidiu abraçar o travesseiro e planejava dormir no chão.
“O chão está frio, durma na cama.” – falei enrolada no cobertor.
“Não posso…” – ele disse de cabeça baixa, recusando.
“Por quê?” – perguntei sem entender, afinal nos primeiros dias após meu renascimento, ele dormiu comigo, e agora já tínhamos até filhos… que puritanismo era aquele?
“Eu te machucaria…” – Robson falou baixinho.
“O quê?”
“Eu tenho um desejo muito forte por você.” – ele foi bem direto.
“…” – Fiquei sem reação e apertei o cobertor com mais força: “Então durma no chão.”
Talvez fosse a presença de alguém ao lado da cama.
Aquela noite, dormi muito bem.
Quando acordei, já era quase meio–dia.
Robson ainda estava no chão e parecia estar com febre ainda mais alta.
Toquei sua testa e corri para fora em pânico: “Empregado, onde está o empregado? Chame o médico.”
Robson estava doente, e seriamente, ficou desacordado por muito tempo sem acordar.
Eu me sentia culpada, por tè–lo feito dormir no chão na noite anterior…
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Capítulo 82
Mas parecia que ele era obediente demais, tendo realmente passado a noite inteira no chão.
Sentada no sofá, esfreguei a testa distraída.
O celular tocou e demorei para reagir.
“Alo?”
“Sou eu.” – Quem estava ligando era a Mafalda.
Fiquei surpresa e me endireitei: “Mafalda.”
“Mais alguém teve problemas.” – Do outro lado da linha, a voz da Mafalda estava rouca.
“Quem? Morgana?” – Perguntei com cautela..
Se o motivo do assassino eram meninas órfãs adotadas usando vestidos vermelhos, então só restava Morgana para ser a vítima.
“Não é.” – Mafalda parecia cansada: “Esse Robson, ele esteve com você recentemente? Ontem de manhã, um corredor noturno encontrou o corpo de uma mulher perto do Rio Branco, também vestida com um vestido vermelho, pele pálida, e ainda não conseguimos identificar quem é.”
“Ele estava comigo o tempo todo, não tem nem celular…” – Olhei para cima, ele estava com febre alta, tinha ficado inconsciente a noite toda, sob minha vigilância, era impossível que tivesse saído para matar. “Se não é o serial killer que continua matando, então alguém está deliberadamente imitando o crime.” – A voz de Mafalda estava cansada: “Mas de qualquer forma, o assassino não foi levado à justiça, não importa se é o Robson ou não, provavelmente não vai parar por aí, Morgana realmente é a única pista que temos, mas Adonis, aquele idiota, a está protegendo demais…”
Eu sabia que Adonis estava protegendo Morgana tão bem que nem mesmo a polícia poderia usar Morgana para resolver o caso.
Isso tornaria muito mais difícil solucionar o caso.
“Não sei qual é o seu objetivo, mas agora precisamos fazer Adonis desistir de Morgana primeiro, e então usar Morgana para capturar o assassino por trás disso, caso contrário, mais pessoas poderão ser vítimas.” – A voz de Mafalda estava rouca.
Desde a minha morte, ela parecia estar obcecada em capturar o assassino.
Eu sabia que ela se odiava por não ter conseguido me proteger.